Uma Reflexão Racional e Simples
Imagine que você está caminhando por uma floresta densa e, de repente, encontra um relógio de bolso no chão. Você o apanha, examina seus ponteiros, suas engrenagens minúsculas, todas funcionando em perfeita harmonia. Seria razoável concluir que aquele relógio surgiu do nada, fruto do acaso e do tempo? Claro que não. Você, sem dúvida, concluiria que houve um relojoeiro.
Agora, pense no universo. Ele é infinitamente mais complexo do que qualquer relógio, com leis precisas que regulam desde o movimento dos planetas até as menores partículas subatômicas. E ainda assim, há quem diga que tudo isso é obra do acaso, de um acidente cósmico. Mas se é irracional crer que um simples relógio surgiu sozinho, não seria ainda mais ilógico acreditar que o universo inteiro — com toda a sua ordem e beleza — veio do nada?
Mas não precisamos ficar apenas nas analogias. Existe, dentro de cada ser humano, um senso inato de certo e errado, de justiça e injustiça. Nós brigamos quando algo é injusto, não porque aprendemos isso em algum manual, mas porque algo dentro de nós reconhece que existe uma lei moral maior. Se há uma lei, deve haver um Legislador.
É curioso notar que mesmo aqueles que negam a existência de Deus apelam para conceitos de justiça e moralidade que só fazem sentido se houver um padrão absoluto que transcenda a humanidade. Afinal, se tudo é fruto do acaso e da evolução, por que nos importaríamos com o certo e o errado? Por que nos sacrificamos pelos outros ou sentimos culpa quando agimos de forma egoísta?
Outro argumento comum é o científico: a ideia de que a ciência explica tudo e, portanto, não há espaço para Deus. No entanto, a ciência descreve o "como" das coisas, mas não o "porquê". Saber como o universo funciona não elimina a necessidade de entender por que ele existe em primeiro lugar. A própria existência de leis naturais sugere um Legislador.
Há também aqueles que dizem que a fé é apenas uma ilusão, uma muleta psicológica para os fracos. No entanto, essa afirmação ignora o fato de que a fé é frequentemente desafiadora, exigindo coragem e sacrifício. Além disso, a necessidade humana de significado e transcendência aponta para algo maior do que nós mesmos, assim como a fome aponta para a existência do alimento.
É claro que não podemos provar a existência de Deus como provamos um teorema matemático. Deus não é um objeto que podemos colocar sob um microscópio. Mas isso não significa que acreditar Nele é irracional. Pelo contrário, é a explicação mais lógica para a existência do universo, da vida e da moralidade.
Negar a existência de Deus é como tapar o sol com a peneira. Podemos tentar ignorá-Lo, mas Sua presença é evidente em cada detalhe da criação e em cada batida do nosso coração. Afinal, como disse o próprio C.S. Lewis: “Eu creio no cristianismo como creio que o sol nasceu hoje de manhã: não apenas porque o vejo, mas porque por meio dele vejo todas as coisas.”
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