A Buzina de Ouro Uma fábula sobre o chamado, a humildade e a verdadeira aliança. Dentro de um velho tronco oco, onde o musgo brilhava sob a luz filtrada do amanhecer, havia um formigueiro antigo, conhecido por todos como o Formigueiro Real da Floresta Velha. Ali governava um senhor justo, sábio e respeitado, chamado simplesmente de Antor, o Provedor. Seu maior tesouro era sua filha, Aurora, uma jovem formiga de coração gentil e olhos atentos, como estrelas que brilham antes do orvalho. Quando chegou o tempo de seu aniversário, Antor desejou fazer uma grande celebração. Não apenas por tradição, mas por gratidão à vida, à floresta, aos ciclos que sustentam as colônias. Seria um banquete de honra. Mas este não era um convite comum. Antor tirou, de um cofre enterrado sob o Salão das Raízes, um instrumento raro e antigo: a Buzina de Ouro. Forjada no tempo dos Primeiros Túneis, ela só era tocada em dias de promessa. Seu som era inconfundível — um chamado claro, doce e profundo, que ecoa...