Por que Eu❓
Carrego em mim as marcas da queda,
cicatrizes que o tempo não apagou.
Fui longe demais, perdi-me de tudo,
até de mim mesmo, do que restou.
O fruto brilhou, doce promessa,
mentiras tecidas em sedução.
Mordi sem pensar, cego e faminto,
e provei o gosto da perdição.
Os dias tornaram-se noites sem fim,
meus passos errantes, sem direção.
O eco das falhas gritava em meu peito,
a culpa queimava como maldição.
Clamei ao céu, mas só o vazio,
o peso imenso da minha prisão.
"Por que eu?"—gritei na tormenta,
mas só o silêncio respondeu então.
Até que no escuro uma luz rompeu,
uma voz suave chamou-me outra vez.
Mãos feridas tocaram as minhas,
trazendo esperança, quebrando a vez.
Se a culpa sufoca e o medo aprisiona,
há um amor que liberta e conduz.
Não o engano de promessas vazias,
mas a verdade que brilha na cruz.
POEMA (O preço de uma Mordida, 2025 - Autor Del Lobato)
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