Por que Eu❓ Carrego em mim as marcas da queda, cicatrizes que o tempo não apagou. Fui longe demais, perdi-me de tudo, até de mim mesmo, do que restou. O fruto brilhou, doce promessa, mentiras tecidas em sedução. Mordi sem pensar, cego e faminto, e provei o gosto da perdição. Os dias tornaram-se noites sem fim, meus passos errantes, sem direção. O eco das falhas gritava em meu peito, a culpa queimava como maldição. Clamei ao céu, mas só o vazio, o peso imenso da minha prisão. "Por que eu?"—gritei na tormenta, mas só o silêncio respondeu então. Até que no escuro uma luz rompeu, uma voz suave chamou-me outra vez. Mãos feridas tocaram as minhas, trazendo esperança, quebrando a vez. Se a culpa sufoca e o medo aprisiona, há um amor que liberta e conduz. Não o engano de promessas vazias, mas a verdade que brilha na cruz. POEMA (O preço de uma Mordida, 2025 - Autor Del Lobato)