Capítulo 1 – O Sopro que se Tornou Voz
O Sopro e o IDE
Tudo começou com uma espera.
Não uma espera vazia, ansiosa,
feita de dedos batendo na madeira —
mas uma espera ordenada,
feita de fé.
Cinquenta dias depois da cruz,
quarenta após a
ressurreição,
um grupo se reuniu no alto de uma casa, como Ele
mandara.
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai,
pois, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de
poder.”
(Lucas 24:49)
Eles obedeceram.
Eles oraram.
Eles esperaram.
E então, o céu respondeu.
O som de um vento impetuoso invadiu o lugar.
Não havia
janelas abertas — havia corações escancarados.
Línguas como
de fogo pousaram sobre cada um.
A promessa se cumprira.
Ali
nascia, não uma religião, mas um corpo vivo:
a Igreja.
Naquela mesma hora, vozes se ergueram em línguas que os próprios
falantes não conheciam.
Multidões se espantaram.
Uns
riram.
Outros tremeram.
E Pedro, o que antes negara, agora proclamava:
(Atos 2:21)
Três mil se converteram.
A Igreja nascente ainda nem sabia a
força que tinha.
Mas o céu já soprava sobre ela como quem
acende um fogo no campo seco.
O IDE já não era apenas uma ordem — era um impulso.
(Marcos 16:15)
Eles foram.
Não com espadas, mas com palavras.
Não com
títulos, mas com testemunho.
Eles não tinham templos.
Mas
tinham o Espírito.
Não carregavam autoridade humana,
mas
poder vindo do alto.
Jerusalém foi o início, mas jamais o limite.
De casa em
casa, de praça em praça,
de Sinagogas a rios, de desertos a
cadeias —
a mensagem se espalhava como se tivesse vida
própria.
E tinha.
Porque o Evangelho não era só conteúdo —
era
presença.
Não demorou para o mundo notar.
Eles eram chamados de “os
do Caminho”.
Não porque sabiam todas as respostas,
mas
porque seguiam alguém que dizia ser o Caminho.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim.”
(João 14:6)
Eles não sabiam o que os esperava.
Mas sabiam quem
os esperava.
E isso era o suficiente.
Assim começou a Igreja: não como instituição, mas como
movimento.
Um sopro que se tornou voz.
Uma voz que se
tornou corpo.
Um corpo que, até hoje, respira pela mesma fé.
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