Pular para o conteúdo principal

Que Nome é Esse?

Que Nome é Esse? 

1 Crônicas 4:9-10 (NVI)
9 Jabes foi mais ilustre do que seus irmãos. Sua mãe deu-lhe o nome de Jabes, dizendo: "Com dores o dei à luz."
10 Jabes orou ao Deus de Israel:
"Ah, abençoa-me e aumenta as minhas terras! Que a tua mão esteja comigo, guardando-me de males e livrando-me de dores."
E Deus atendeu ao seu pedido.

Que nome… é esse que me deram?

Um som seco.
Frio.
Estranho… até pros meus próprios ouvidos.

Não fui eu quem escolheu.
Me empurraram palavras —
como pedras nas mãos de um juiz.
Rótulos costurados na pele.
Sentenças gritando… antes mesmo do veredito.

Olhares que não veem — só julgam.
O peso do desprezo me curva.
A injustiça me persegue como sombra.
Sou réu de uma história que… nunca escrevi.

Este nome?
Não sou eu.
É uma cela.
Uma prisão moldada em letras afiadas —
feridas que sussurram memórias que imploro pra esquecer.

Caminho.
Mas cada passo… ecoa dor.
Vergonha.
Passado.
Culpas que me emprestaram,
como se fossem minhas.

As lembranças?
Punhais que rasgam a alma.
Cicatrizes que não fecham.
Feridas que insistem… em sangrar.

Mas hoje…
Silêncio o tumulto dentro de mim.
Aquieto meu peito.
E no meio desse deserto…
nasce um som frágil —
mas vivo.

Um clamor.
Um sussurro de coragem.
Um grito engasgado… que finalmente se liberta:

“Tomara que me abençoes…”

Não peço palmas. Nem títulos. Nem palco.
Quero presença. Quero paz. Quero o milagre de simplesmente… ser.

Ser livre. Livre do nome que não me representa.
Livre da dor que não me pertence.
Livre da narrativa contada por vozes… que nunca me ouviram de verdade.

Porque… aqui dentro, bem fundo,
há algo que resiste. Que ainda crê.
Que se recusa a morrer.

Como Jabes, ouso clamar.
Levanto minha voz — sem máscaras,
sem medo, sem defesas.

Transformo dor em motivo.
Medo em coragem.
Choro em grito de guerra.
E oração… em rendição.

E quando a bênção vier —
não a guardarei pra mim.
Eu a compartilho.
Eu a consagro.
Eu a devolvo Àquele… que me ouviu.

Porque o que me liberta…
não é o fim da dor —
é a certeza da presença…
mesmo no meio dela.

E é então que me lembro…
Quem eu sou.
Não o nome que me deram.
Não há dor que me impuseram.

Eu sou filho do Rei.
Herdeiro da promessa.
Marcado pela graça.
Amado… antes do mundo existir.

Que nome é esse?
Já não me define.

Porque agora…
meu nome é outro.
Meu nome…
é vida.
Meu nome…
é redenção.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dinâmica: "Versículo Embaralhado"

 🎯 Dinâmica: "Versículo Embaralhado"  Desafie sua Memória! 📖🧩 🎯 Objetivo: Ajudar os adolescentes a memorizar versículos bíblicos de forma interativa e divertida, incentivando o trabalho em equipe. 📌 Como Funciona: 1️⃣ Preparação: Escolha um ou mais versículos bíblicos e escreva cada palavra separadamente em pedaços de papel. Se quiser dificultar, use versículos mais longos ou palavras misturadas de diferentes versículos. 2️⃣ Execução: Divida os adolescentes em equipes. Cada equipe recebe um conjunto de palavras embaralhadas. O objetivo é organizar as palavras na ordem correta para formar o versículo. Ganha a equipe que montar o versículo corretamente primeiro. 💡 Aplicação Espiritual: Depois da montagem, peça que cada grupo leia o versículo em voz alta e reflita sobre seu significado. Pergunte: "Como podemos aplicar essa palavra no nosso dia a dia?" Incentive os adolescentes a decorar o versículo e compartilhá-lo durante a semana. 📝 Dica Extra: Para um desafi...

🌿Poema: Mulher Virtuosa, Águia do Senhor

 🌿 Mulher Virtuosa, Águia do Senhor Mulher, és águia altaneira, asas firmes contra o vento, nos vales da dor, és guerreira, no céu da fé, és livramento. Teu olhar enxerga além, tua alma voa sem temor, pois quem te guia e te sustém é o braço forte do Senhor. És força que rompe as montanhas, és abrigo em meio à aflição, nos altos céus Deus te acompanha, teu voo é feito em oração. Que a graça do Alto te ergue, que o amor divino te refaça, pois és mulher, és força, és promessa, és águia que ao céu sempre abraça. Del lobato

Entre a Fuga e a Fonte

Entre a Fuga e a Fonte Há dias em que a alma se veste de força, mas por dentro só quer desabar. Sorrisos viram escudos. Silêncios viram muralhas. E o coração aprende a correr — não para chegar, mas para não sentir. O vazio se disfarça de metas. A dor se esconde atrás da produtividade. E o barulho do mundo abafa a única voz que ainda sussurra por dentro. A gente coleciona conquistas, mas não se reconhece no espelho. Chora por dentro… porque parece errado admitir que dói. Há quem tente merecer amor. Há quem fuja até de si. E, quando a pressa cansa, o silêncio pesa. O tempo passa, mas o peito continua cheio de pedras. E os sonhos — agora em pedaços — parecem ter afundado em algum lugar do peito. Nessa hora, surge um suspiro: fraco, mas teimoso. Sede — não da boca, mas da alma. “Só um gole”, pensa o coração. “Um lugar para respirar. Um olhar que me veja.” Talvez você esteja aí: no entre lugar entre a fuga e a Fonte. Não buscando respostas… mas presença. Mão...