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Nossos Comportamentos Diante de Jesus

Nossos Comportamentos Diante de Jesus

Imagine um dia típico. O relógio marca 6h da manhã, e você já sente a pressão: e-mails não


respondidos, compromissos profissionais, a agenda das crianças, compromissos da igreja, prazos e tarefas acumuladas. Enquanto tenta equilibrar tudo, você olha para o céu e pensa: “Eu deveria parar e orar… Mas não tenho tempo hoje.”

A correria toma conta. Mais tarde, enquanto organiza o jantar ou tenta finalizar aquele relatório importante, uma voz interior surge, sugerindo: “Você deveria parar e buscar a presença de Deus. Deixe as tarefas um pouco de lado.” Mas o peso das responsabilidades é tão grande que você as ignora e segue em frente, acreditando que, se parar agora, tudo vai desmoronar.

Agora imagine outro cenário. Após dias de trabalho intenso, você finalmente encontra um momento de quietude. Você se sente esgotado, como se toda a energia espiritual tivesse se esvaído. Suas orações parecem vazias, e há uma sensação de desânimo. Você se pergunta se está falhando em sua caminhada com Deus ou se algo dentro de você está morrendo.

Esses momentos são comuns na vida de todos nós. Há dias em que a nossa Marta interior fala mais alto, impulsionada pela pressa e a necessidade de fazer tudo funcionar. Outros dias, ouvimos o chamado da nossa Maria interior, ansiando por sentar-se aos pés de Jesus, buscando descanso e renovação. E, às vezes, nos sentimos como Lázaro, em um estado de completo esgotamento, onde apenas um milagre pode nos reviver.

Hoje, vamos olhar para a história de Marta, Maria e Lázaro e descobrir como esses três personagens refletem diferentes comportamentos e momentos de nossa vida espiritual. Eles representam três posturas que todos nós assumimos: o ativismo ansioso de Marta, a devoção contemplativa de Maria e o desespero de Lázaro. E, mais importante, vamos ver como Jesus responde a cada um deles – e a cada um de nós.

Marta – Quando a Pressa e a Ansiedade Falam Mais Alto

Marta, ao receber Jesus em sua casa, corre para preparar tudo, ansiosa para atender bem o Mestre. No entanto, em meio a tantas tarefas, Marta se distrai, e a ansiedade toma conta dela. Ela se irrita com Maria, sua irmã, que estava aos pés de Jesus, ouvindo Suas palavras, e pede a Jesus que intervenha. Em resposta, Jesus diz: “Marta, Marta, você está preocupada e inquieta com muitas coisas; todavia, uma só é necessária. Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lucas 10:41-42).

Quantas vezes nossa “Marta” interior quer falar mais alto? Em nosso dia a dia, vivemos sob pressão, com uma lista interminável de tarefas e preocupações. Sentimos a necessidade de controlar tudo, de estar no comando, como se todas as responsabilidades do mundo estivessem sobre nossos ombros. Nossa Marta fala quando o estresse e as demandas diárias nos fazem perder o foco no que realmente importa: a presença de Jesus.

Mas o problema não é o trabalho em si. O problema ocorre quando permitimos que essas preocupações nos afastem da presença de Deus. É nesse momento que precisamos reconhecer nossa distração e pedir que o Espírito Santo nos traga de volta. Precisamos entender que, por mais importantes que sejam as responsabilidades, a prioridade sempre deve ser a comunhão com Jesus.

Quando nossa Marta grita mais alto, é hora de parar e perguntar: "Estou tão ocupado que esqueci de buscar a Jesus?" Se sim, precisamos voltar ao lugar de intimidade, onde a presença de Deus nos renova.

Maria – O Anseio Pela Presença de Deus

Maria, ao contrário de Marta, escolheu se sentar aos pés de Jesus, ouvindo Suas palavras e priorizando a comunhão com Ele. Jesus elogia sua escolha, afirmando que ela escolheu “a melhor parte”. Maria simboliza a nossa necessidade de buscar a presença de Deus, de encontrar momentos de silêncio e adoração em meio ao barulho da vida.

Nosso lado "Maria" fala alto quando sentimos um profundo desejo de nos conectar com Deus, quando encontramos tempo para a oração, leitura da Palavra e meditação. No entanto, em um mundo acelerado e cheio de distrações, é fácil negligenciar esses momentos preciosos. A voz de Marta muitas vezes tenta sufocar nossa Maria, nos dizendo que há coisas mais "urgentes" para fazer.

Mas Maria nos ensina que o mais importante é estar na presença do Senhor. Esse é o tempo em que o nosso espírito é alimentado, onde encontramos paz e descanso para a alma. Assim como Maria, devemos ser intencionais em nos sentar aos pés de Jesus, buscando comunhão, sabedoria e direção. Porque, quando escolhemos a "melhor parte", essa parte nunca nos será tirada.

Lázaro – A Dependência Completa do Poder de Deus

Lázaro nos traz uma terceira lição: ele estava morto quando Jesus chegou. Já fazia quatro dias que ele estava no túmulo, e aos olhos humanos, não havia mais esperança. Mas Jesus chega e o chama de volta à vida, demonstrando Seu poder sobre a morte.

Lázaro simboliza aqueles momentos em que estamos espiritualmente mortos, quando não há mais esperança, quando as circunstâncias parecem irreversíveis. Talvez seja o esgotamento emocional, a perda da fé, ou um sentimento de que tudo em nossa vida está sem sentido. Nesses momentos, somos como Lázaro, precisando de um milagre para nos trazer de volta à vida.

Todos nós passamos por momentos assim, quando nos sentimos sem forças, quando tudo parece morto em nós. Mas a boa notícia é que Jesus é Aquele que ressuscita o que está morto. Ele nos chama para fora do túmulo, assim como chamou Lázaro, e nos restaura para uma nova vida.

Talvez, hoje, você se sinta como Lázaro, morto espiritualmente, sem esperança. Mas lembre-se: Jesus ainda está chamando. Ele é capaz de trazer vida nova, restaurar o que foi perdido e renovar sua fé.

Conclusão: Quando Marta, Maria e Lázaro Refletem Nossos Corações

Esses três personagens revelam comportamentos que se manifestam em nós:

  • Quando nossa Marta fala mais alto, somos dominados pela ansiedade e distração. Precisamos do Espírito Santo para nos trazer de volta ao lugar de intimidade com Deus, onde encontramos paz e propósito.

  • Quando nossa Maria desperta, buscamos a presença de Deus acima de tudo, sentando aos pés de Jesus e ouvindo Sua voz. Devemos cultivar esses momentos de quietude e adoração para nutrir nossa alma.

  • Quando estamos como Lázaro, enfrentamos a morte espiritual e a desesperança. Mas mesmo quando tudo parece perdido, Jesus está pronto para nos chamar de volta à vida e nos dar uma nova chance.


Hoje, qual desses lados está mais forte em você? Sua Marta, que corre de um lado para o outro, agitada? Sua Maria, que busca a presença de Jesus? Ou sua Lázaro, que precisa de um milagre para voltar à vida? Qualquer que seja o estado em que você se encontre, lembre-se de que Jesus está presente. Ele nos chama para equilibrar nossas responsabilidades com a busca por Ele e nos dá vida nova quando tudo parece perdido.

Que possamos aprender a ser como Maria, escolhendo a melhor parte. E que o Espírito Santo nos ajude a trazer de volta nossa Marta e nosso Lázaro, à luz do poder transformador de Jesus Cristo.

Amém!

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