Texto base: Juízes 17
“Igual a um lindo castelo construído sobre a areia da praia, é o crente que busca um deus com o propósito de suprir suas próprias vontades”.
O homem tem um vazio dentro de si que precisa ser preenchido, e que quase sempre busca algo superior a ele, mais suas limitações humanas levam-lhe a satisfazer-se com soluções temporárias, que possuem um agir analgésico, substituindo a sensação do vazio com um agrado de sua vontade, que não tem a capacidade de combater o terrível vírus mortal do pecado, apenas abafa o grito agonizante de sua alma-perdida.
Na história do homem chamado Mica, conseguimos identificar uma alma em busca de preencher a qualquer preço este vazio, não falamos de homem ímpio ou muito menos incrédulo, mas de alguém que possuía consciência de seus atos pecaminosos, e tem toda a instrução para levar a sua alma a cura deste terrível vírus.
Ciente de toda maldição que viria sobre ele, teve medo! Esta foi a primeira sensação afetiva instigada em Adão ao ter consciência do seu pecado “...Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo e me escondi. ” (Gn 3.10), O medo e a motivação errada para a busca de Deus, pois assim como Adão rapidamente procurou coser folhas para anestesiar sua dor, do mesmo modo Mica criou; amuletos, simpatias e falsas liturgias transvestidas de religiosidade para esconder de Deus a sua nudez.
Estas artimanhas têm sido tomadas como verdade, reproduzidas milhares de vezes por homens que permitem o endurecimento de seus corações por conta da vaidade ou do medo, e não encontram o verdadeiro caminho que conduz à salvação. Este tipo de religiosidade acaba surgindo com o objetivo de mensurar o quanto uma pessoa tem medo da dor provocada por suas inconstâncias no caminho cujos seus corações tomaram como certo.
Mica é confrontado com aquilo que tentou esconder, toda a sua falsa segurança e confiança é tirada de si, ao ter os seus ídolos roubados pelos descendentes de Dã, só pode exclamar .... Que mais me resta? ” (Jz 18.24), para o homem que busca a Deus pelo medo, tem em sua religiosidade a falsa segurança, e por ela morrerá, mas nunca terá coragem de morrer para o mundo, e viver para o verdadeiro Deus.
Um Deus que foi capaz de amar um mundo interior e entregar aquilo de mais precioso, seu único filho, por todos os nossos pecados, não aceita ser manipulado por nossas paixões humanas, e muito menos, adorações vazias de corações endurecidos incapazes de arrependimento sincero.
Qualquer método de adoração humana, por, mas boa intenção que possa ter será incapaz de saciar a sede de nossa alma, “...Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus” (Sl 42.1). O salmista Davi sabia muito bem desta verdade, e colocava Deus em primeiro lugar em sua vida, nada podia substituí-lo, tinha um coração humilde e repreensivo, que estava disposto a receber a glória e transferi-la para que tinha real direito, do mesmo modo receber a correção sem procurar qualquer tipo de justificativa para seus erros.
O primeiro passo para uma adoração verdadeira e o reconhecimento, sem justificativas e sem questionamentos, estas coisas neutralizam a fé no Deus verdadeiro, e sem fé não podemos de maneira alguma agradar a Deus, nossa geração é muito peculiar sempre nos colocamos como vítimas; “foi o diabo”, “foi a carne”, “estava fraco” frases que a falsa religiosidade criou para nos leva a um caos espiritual se alimentando de nossos medos e falta de conhecimento da Palavra de Deus.
A adoração verdadeira é um elemento fundamental em nosso relacionamento com ele, Mica não conseguiu compreender isso e para que não venhamos a cometer o mesmo erro, é necessário nos submeter ao seu governo e autoridade. Devemos dar ao Senhor a nossa completa devoção, sem criar mecanismos estranhos para esta adoração, adorar em Espírito e verdade João 4:23,24.
Autor: Dellobato
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